
Guilherme Paccola
Ontem a mídia anunciou a morte de JECE VALADÃO, conhecido no filme mostrado ontem na GLOBO, denominado o CAFAJESTE, como sendo sua característica e ser tachado de machão. No Aurélio cafajeste significa ‘indivíduo de baixa condição’, ‘indivíduo sem maneiras, vulgar’, ‘indivíduo infame, desprezível’.
Coitado do JECE... pois anunciaram que ele participou de mais de 100 peças como ator, tanto no teatro, no cinema, como na televisão. Adoro ler e ver notícias e não me lembro de vê-lo envolvido em alguma confusão no dia-a-dia, muito menos alguma notícia de que agredira algum ser humano. Pelo contrário, fiquei até surpreso em saber que tivera 09 (nove) filhos.
Pelo seu histórico particular não senti cafajestada alguma. Pelo contrário, vi uma notícia que até se tornou evangélico e se redimiu ao assumir que foi ausente para com seus filhos. Ser ausente não é sinônimo de cafajeste. Nunca tive conhecimento nem o vi envolvido em nenhuma operação tipo sanguessuga, vampiro, muito menos com dinheiro sujo. O coitado ainda era portador de diabetes e sofria com problemas decorrentes do cigarro.
Não estou aqui para defendê-lo, pois todos temos telhado de vidro, mas apenas achei engraçado uma pessoa que não me parece ter feito mal algum à sociedade, a não ser a si mesmo (o que também não posso ter certeza disso), e ao morrer, ser intitulado ‘o cafajeste’. Vários reeleitos foram e são bem piores que ele, com certeza, e estão e estarão mais 04 anos nos representando como legisladores e punidores com suas metralhadoras denominadas CPIs.