sexta-feira, agosto 29

A vida é desconfortável

Na barriga da mãe, a vida é muito boa, quentinha e confortável (não que eu me lembre, mas é o que dizem). Depois, quando a gente já tem idade pra fazer escolhas, nem sempre é possível se pautar pelo conforto. Nem sempre, é exagero. Quase nunca. Será que o conforto está em nossa memória dos tempos da barriga materna? E a gente vive uma busca constante pelo retorno ao quentinho? Diante de apenas duas opções, pode ser que nenhuma escolha traga conforto. E não dá pra fingir de morto.

Quando você está apaixonada acorda feliz e sorri sozinha ao pensar no ser amado. Aliás, seja lá o que tiver que fazer parece que tudo é leve. E ao se encontrar com o ser amado, então, é só alegria. É toda risinhos. Mas quando se está longe, é uma catástrofe. Ou quando é uma paixão incorrespondida ou inviável, daria tudo para não ter aquele sentimento. Aí, em vez de te impulsionar, a paixão te derruba. Eu quero minha mãe!