sexta-feira, março 27

A crueldade de Bahuan

Sentindo-se traído pela amada que se casou com o noivo indicado pela família, num momento de raiva Bahuan resolveu devolver a pulseira que havia ganhado de presente de Maya. A pulseira foi entregue por um emissário na frente de toda a família, sem remetente nem destinatário. Apenas Maya sabia do que se tratava. E sentiu-se humilhada. O sogro pensou tratar-se de um engano.

Sentindo o golpe, ela recolheu-se ao seu quarto. Foi duro demais. Para mim, Bahuan foi de uma crueldade descabida. Eu sempre torci para que Maya ficasse com Bahuan – mas é porque eu gosto mais do casal Raj-Duda. Então para dar certo Raj-Duda, Maya teria que ficar com Bahuan.

Mas esse gesto cruel me faz pensar que ela se livrou de um mal. Eu não confio nas pessoas que são capazes de gestos cruéis com a pessoa amada. A crueldade, para mim, deixa marcas que não se apagam jamais. E quem é capaz de ser cruel com quem ama é capaz de tudo. Eu até posso voltar a cumprimentar alguém que tenha sido cruel comigo, mas nunca mais vou confiar nessa pessoa. Não dá mais para acreditar em seus sentimentos.

A crueldade só se justifica se você quiser deixar claro para o outro o quanto ele lhe é indiferente e insignificante. E aí não se pode blefar. Porque não dá para ser cruel, e depois pedir desculpas, alegando que foi uma ação passional. Para mim, há limites até para a passionalidade.

Quando não existem limites, aí sim se mata por “amor”. Ou seja, quem acha possível agir com crueldade com o ser amado é até capaz de matá-lo. Não se mata por amor. Mata-se por egoísmo, por não admitir perder a pessoa amada. Porque quando se ama você é capaz de deixar o outro livre. Mesmo que isso doa bem fundo. Eu já perdi grandes amores. Já tive que arrancar a fórceps sentimentos de dentro de mim porque o outro não me queria mais. Mas esta grande dor que fica em quem é abandonado não lhe dá o direito de agir com crueldade ou de matar o ser amado.

Algumas pessoas costumam devolver presentes no final de uma relação. Eu não faço isso, mas acho aceitável. No entanto, quando ganhou a pulseira, Bahuan deu a ela um significado especial. Disse a Maya que aquela pulseira representava o elo de ligação entre eles. Com ela no pulso, ele nunca se sentiria longe de Maya. Se ele guardasse a pulseira na gaveta, ou até jogasse no lixo, eu entenderia. Ou então, numa discussão, que ele arrancasse a pulseira e jogasse em Maya, dizendo: “Nunca mais vou usar isso”. Eu também entenderia. Mas devolvê-la à casa da nova família da noiva foi muito humilhante. Isso não se faz.

Eu não acredito que haja coerência no perfil psicológico dos personagens da novela. Se houvesse, acredito que Bahuan ainda seria capaz de gestos piores. Mas como novela é novela, ele e Maya ainda serão muito felizes.

quinta-feira, março 26

O futebol verde

Ao chegar ao trabalho ontem, percebi que além de mim outras três colegas estavam com blusas de cor verde. Um dos chefes, que é corintiano, reclamou e disse brincando para trocarmos a roupa na hora do almoço. Eu pensei: ah, esses corintianos não suportam ver a cor do Palmeiras...

Meu chefe balbuciou alguma coisa sobre se o Londrina perdesse a culpa era nossa. Eu não entendi. De noite, meu filho voltou do jogo no VGD e contou que, apesar da vitória, o Londrina havia sido rebaixado para a terceira divisão.

Hoje, ao levá-lo para a escola, contei do comentário do chefe sobre o verde do Palmeiras. E meu filho, palmeirense: - Mãe, ele estava se referindo ao uniforme do Coritiba que rebaixou o Londrina!

Ai, essa minha ignorância futebolística não me permite entender algumas piadas...

segunda-feira, março 2

Idéias ou Ideias?

Putz, logo eu, que sempre fui boa aluna de português, agora tenho um blog mal acentuado. Demorei pra me tocar que agora tenho que ou trocar o nome do blog ou tirar o acento. Tenho até 2012 pra pensar...

Queria que todas as minhas dúvidas se resumissem a isso.