quarta-feira, agosto 29

Sortes e azares!

Nós não temos nenhum controle sobre as forças da natureza nem domínio total sobre nossa vida e as vidas alheias. Mesmo assim a gente pensa, “torce”, para que aconteçam algumas coisas e para evitar outras em nossas vidas. Meu filho, por exemplo, não gosta de me ver por perto quando o Palmeiras está jogando porque fala que sou “pé frio”. Já fui culpada por derrotas e gols sofridos pelo Verdão, que também é meu time. Dou risada e falo: Quem me dera ter tanto poder a ponto de influenciar o resultado de um jogo.

Lembro de uma Copa do Mundo em que o Brasil estava decidindo um jogo nos pênaltis e eu estava na redação da Folha de Londrina. Na hora de os nossos jogadores baterem o pênalti, algumas pessoas evangélicas começavam: “Oh, Senhor, ajudai esse jogador. Amém, Senhor. Aleluia, Senhor!” Isso me irritava e eu provocava: E se houver, neste momento, várias pessoas rezando o contrário: “Oh, Senhor, abençoa o goleiro e faz com que ele defenda essa pênalti”. Quem é que Deus vai atender?

Quando eu trabalhava em Santo Antônio da Platina, na sucursal da TV Cidade, eu não gostava nada nadinha de cobrir futebol. Uma vez, deve ter sido em 1989, a abertura do Campeonato Paranaense ia ser em Santo Antônio com um jogo entre o Platinense e algum time da capital. Eu não tinha escolha. Tinha que estar lá no estádio, à noite, e trabalhar. Eu estava meio inconformada com isso e, desde cedo, ficava pensando: O que poderia acontecer para que o tal jogo não acontecesse? Durante o dia, em vários momentos, eu pensava: Ah, o que poderia acontecer, hein?

Então, estádio cheio e iluminado, teve início a partida. E eu lá, contrariada. Lá pelas tantas, bum, houve uma queda de energia elétrica no estádio e o jogo foi paralisado. Eu, internamente, sorri. Alguns minutos depois, a luz voltou e recomeçou o jogo. Mas durou pouco. Novamente a luz caiu e foram mais de 30 minutos no escuro até os organizadores decidirem cancelar a partida, para minha felicidade.

Lembrei dessas histórias porque já começo a me sentir culpada pelo veranico que está fazendo neste Inverno. Eu adoro o calor e detesto o frio. Então, fico extremamente feliz com este Inverno que marca temperaturas entre os 20 e 30 graus. Fico toda feliz. E eu não me importo com o tempo seco. É o clima de Brasília, que sempre me agradou. Tô começando a achar que meu filho tem razão (rs!)...