quinta-feira, agosto 30

Esses seres informáticos, os extraterrestres

Tudo bem que eu não entendo nada de informática, mas os caras da informática também não entendem nada do que você fala se fugir à lógica deles! Ai, não tenho muita paciência. De modo geral, quem trabalha nessa área fala pouco e fala uma linguagem esquisita, com um código estranho, que só eles entendem.

Quando você vai reclamar de algum problema, eles vêm e mostram que o problema na verdade é você, que não plugou direito um trequinho ou que digitou algo errado. Ou então eles fazem uma pergunta que você não sabe do que se trata. Isso me faz sentir a pior idiota. Eles são de outro mundo! (Nossa, quanta revolta!)

Tá, tem o lado bom. Quando eles resolvem o problema, aí eu tenho que reconhecer que eles são bons no que fazem. E fico agradecida porque posso voltar a usar o computador.

Pensando melhor, eu acho que os caras da informática são extraterrestres. Eles vieram à Terra para dominar o nosso mundo, e é por isso que eles têm acesso a tudo o que gente lê e escreve na internet. Logo eles vão chegar à nossa mente. Eles estão disfarçados de humanos, mas ainda não dominam toda a linguagem dos humanos, por isso a comunicação com eles ainda é difícil.

E eu nem ligo que eles sabem tudo o que eu escrevo, porque como geralmente só diz respeito a mim mesma, e não estou tramando nada contra ninguém, essas informações não têm muita utilidade para eles. Mesmo agora que eu descobri a verdade, eles vão continuar me ignorando porque eu sou um ser insignificante, dados os meus parcos conhecimentos informáticos, ou seja, não represento nenhum perigo.

segunda-feira, agosto 27

Caos interior

Decidi que ia assistir a um filme em DVD no meio da tarde de domingo. Meu filho me olhou ansioso. Estava louco pra ver o jogo do Palmeiras na TV. E como eu estava brava, e cheia de razão, ele deve ter imaginado que o risco era grande de perder o futebol. Mas mesmo brava, eu posso ser generosa. Resolvi fazer uma arrumação de papéis que eu estava adiando havia tempo.

Separei, rasguei, guardei papéis. Arranjei espaço para livros na prateleira. Coloquei encartes de CD em seus lugares. Encaixotei recibos que me vão ser úteis para o Imposto de Renda. Mas por mais que eu organizasse e arrumasse, a sensação era de aquilo não teria fim. Trabalho de Sísifo.

E quanto mais eu arrumava, mais me angustiava. Isso é porque na verdade eu queria arrumar a bagunça interna. Essa é mais difícil. Por mais que eu me esforçasse em organizar meus pensamentos e sentimentos, eles não encontraram os seus lugares devidos. Continuam embaralhados. Há um emaranhado de desejos, fantasias e realidade.

Não adianta querer colocar o desejo dentro da realidade porque ele não encaixa. E fica lá no meio das idéias, que até querem se ordenar, mas se deparam com aquele entulho. Ele insiste em se impor, mesmo sabendo que no momento não há vagas, tenta se adequar, se moldar, mas no fundo sabe que é um desajustado.

sexta-feira, agosto 17

A febre



Quando eu era criança eu sempre ficava intrigada com a capacidade das mães de detectarem febre e de fazer previsões meteorológicas, avisando sempre quando vai chover ou fazer frio.

Agora, que eu sou mãe, eu sei quando meu filho está com febre apenas colocando a mão sobre sua testa. Só não sei se isso é porque eu sou mãe ou se isso é mesmo fácil para qualquer um. Mas, a gente sempre precisa do termômetro pra medir a febre.

Nos primeiros meses de vida do meu filho eu não sabia nem usar o termômetro. Eu nunca tinha manuseado um. Acho que é porque minha mãe é quem sempre colocava em mim. Então eu pedi ajuda à minha irmã, que é enfermeira. Ela me explicou que era só colocar a parte de metal nas axilas. Eu argumentei que o meu não tinha essa parte metálica. Ela disse que era impossível, que todo termômetro tem.

Quando fui conferir, eu notei que na verdade eu tinha usado o aparelho com a embalagem plástica e por isso não dava para ver... Isso é sério! Aconteceu de fato! Às vezes nem sei como meu filho sobreviveu à mãe que ele tem.

Mas agora a febre que me queima é outra. Ela me persegue dia e noite. Mas não é sintoma de nenhuma infecção. É apenas para me lembrar que estou viva. Que quem sabe acabou o período de resguardo. Que alguns sentimentos devem fluir, que não adianta querer mudar de assunto na sua conversa interior, nem disfarçar.

As febres existem para alertar que há vida pulsando. E não adianta mascarar. Não existe antitérmico que dê jeito. Às vezes a danada vem acompanhada de mãos geladas e ainda por cima taquicardia. E nem adianta rezar. Nem adianta torcer pro tempo passar logo porque ele vai demorar o tempo dele mesmo. E eu ainda não sei se essa febre vem me anunciar alegria ou dor.

quarta-feira, agosto 15

Universo blogueiro



O meu humirde blog foi indicado ao Prêmio Blog Cinco Estrelas, criado pelo blog Nada Pra Mim. Para conhecer as regras acesse http://npramim.blogspot.com/2007/07/blogday-o-dia-31-de-agosto-foi.html

A indicação do meu blog foi da Célia Musilli, jornalista que escreve poesias. O blog dela é pura poesia.

Eu tenho que indicar outros cinco, que são os seguintes:

O da Célia, de quem já falei acima: http://sensivelldesafio.zip.net/

Da Karen Debertolis, que também é jornalista e escreve poesias:
http://www.karendebertolis.blogspot.com/

Da Cris, minha grande amiga de quem falei no post anterior (e que me ensinou finalmente a colocar link no meu blog. Essa menina é demais...)
http://blogtalk-cristiana.blogspot.com/

Do Mário Bortoloto, de quem eu sou fã. Eu adoro o blog dele, leio todos os dias:
http://atirenodramaturgo.zip.net/

Da Denise, que não conheço pessoalmente, mas eu gosto da maneira como ela conta as coisas da vida dela (que é bem intensa) e ela é uma mulher militante de boas causas:
http://www.sindromedeestocolmo.com/

Eu adoro ler blogs e teria outros tantos pra indicar...

domingo, agosto 12

Por que Heloísa?


Semana passada fui pra São Paulo no lançamento do livro Por que Heloísa?, escrito por minha amiga-irmã Cristiana Soares e editado pela Companhia das Letrinhas. Cris conta a história de Heloísa, que tem paralisia cerebral, mostrando como foi o seu nascimento e as dificuldades que a menina e seus pais enfrentam no cotidiano por causa da deficiência.

A história é baseada em Luísa, filha da Cris, que tem hoje 14 anos. Tenho orgulho de dizer que fui uma das primeiras a ler a história, assim que ela escreveu. Isso foi há mais de um ano. A maneira como Cristiana colocou a história no papel, com um estilo leve e bem-humorado, me emocionou. E tenho certeza que tem emocionado e provocado reflexão em seus leitores.

Eu conheço a Cris, que é carioca e publicitária, há cerca de 14 anos - foi na época em que a Luísa nasceu. Mas foi depois que o Nícolas e a Lorena (a outra filha dela) nasceram, com um mês de diferença, que nos aproximamos mais. E nos tornamos grandes amigas.

Ela, então, deixou Londrina e foi para Curitiba, Florianópolis e São Paulo - onde está há três anos. Eu sempre a visitei. E gastávamos horas e horas em telefonemas. E sempre rimos muito juntas. Ela é uma das pessoas mais engraçadas que eu conheço. E fiquei bem feliz quando ela disse que eu sou tão engraçada quanto ela. O Nícolas acha isso um exagero. Na opinião dele, ela é muito engraçada; e eu apenas me acho engraçada...

Por isso, quando ela me deu a notícia de que o livro finalmente seria lançado, eu não podia deixar de estar presente. E foi muito legal. Ela disse que se sentia a própria noiva. No blog http://blogtalk-cristiana.blogspot.com/, ela conta isso em detalhes.

E ainda pude reencontrar velhos amigos: a Telma e o Rodrigo Manzano. Foi um super final de semana. Pena que só durou dois dias...

Agora, a Cris está articulando o lançamento aqui em Londrina. Será outra vez muito legal.