sexta-feira, setembro 15

Os meus, os seus, os nossos...

Uma das coisas boas do desquite (para diversificar o vocabulário da nova geração) é a possibilidade de seu filho único ganhar um irmão sem que você tenha que engravidar. A uma certa alturinha da vida das crianças, elas começam a pedir um irmão. Eu explicava que o grande problema é que, para ele ter um irmãozinho, eu precisaria ter outro filho. Isso estava fora dos meus planos e ele nunca dirigia esse pedido ao pai dele, só a mim.

Meu filho fazia apelos dizendo que, sem irmão, ele nunca seria tio. Agradeci aos céus o fato de o Estatuto da Criança e do Adolescente não prever o direito de toda criança se tornar tio um dia. Contrargumentei que era só ele arrumar uma mulher que tivesse irmão que isso estaria resolvido.

No fundo, eu sabia que era legítimo o querer dele. Afinal, vinda de uma família grande, com seis irmãos, eu sei que é muito bom ter irmãos. E sobrinhos. (E sei também que às vezes é muito bom estar longe de todos eles).

Já crescidinha, quando a criança esquece um pouco esse assunto, eis que chega a notícia de que o pai acabou providenciando um irmão. O nascimento do bebê é tão bem-vindo pelo seu filho que você percebe que realmente ele estava precisando de um irmãozinho.

De cada encontro com o irmão, ele chega contando todas as gracinhas e manhas do bebê. E o melhor é que você também pode de vez em quando pegar no colo e dar aqueles apertões que os
bebês fofos merecem.

5 comentários:

Anônimo disse...

Caraina, que texto especial! É a sua cara. Vc está se revelando uma excelente "blogueira" (é assim que se escreve mesmo?). Aposto que já tem gente querendo trabalhar nisso com vc. Beijão, Denise

carina paccola disse...

Dê, obrigada pelo comentário. Eu sei que você também ama apertar os bebês... Beijos

Cristiana Soares disse...

Carina, tá cada vez mais gostoso isso aqui. Adorei, principalmente a parte relacionada ao direito de ser tio e da citação do ECA. Hehehehe.. muito bom. E estou impressionada com sua capacidade de editora, ao descobrir e usar imagens perfeitas e que acrescentam ao texto. Continue remando, continue remando... beijocas e um apertão fofo em vc!

Anônimo disse...

Eu vim, vi... e gostei. Gostei do template do blog, do seu texto todo organizado e também do jeito como você escreve, claro. E a gente tem medo de se expor? Eu tenho. Mas... sei lá... Blog é tão bom como modo de manter contato com outras pessoas, como meio de expressão, como - no meu caso - auto-análise, até. Acho que vale muito. // Mudando de assunto: você saiu do Cabaré antes de mim, ontem? Acho que sim. Estava conversando com o Valquir e depois não te vi mais. Saí logo depois, estava muito cansada. Mas foi legal, não foi?

carina paccola disse...

Eliane, obrigada pela visita e pelo seu comentário. Apesar dos medos, também estou achando que vale a pena ter o blog.
Adorei tudo ontem. Mesmo com o frio quase insuportável, adorei as conversas que tive, as palavras que ouvi, os shows. Foi bem legal mesmo. Eu acho que você foi embora antes. Vi você conversando com o Valquir e fui lá pra fora ver uns vídeos muito legais. Depois não te vi mais. Só fui embora porque estava caindo de sono. Precisamos fazer outras dessas. Sou meio caseira mas encaro umas noites como a de ontem. Supero até o frio e o sono. Um beijo