sexta-feira, maio 4

Saudades

Tanto tempo sem tempo pra escrever que quando fui responder alguns comentários, errei a senha duas vezes... Nesse período, tive tantas idéias pra postar que elas já foram esquecidas. Uma vez alguém disse que se a idéia for boa ela volta, se não é porque não era tão boa assim. Trabalhar 8 horas por dia diante do computador me fez manter distância do teclado em casa. Isso talvez explique essa ausência prolongada.

Acabo de chegar do shopping com o Ní. Não conseguimos assitir ao novo Homem Aranha de tão grande que estava a fila. Mas ocupamos o tempo atrás de roupas de frio para ele. Encontramos algumas peças. Já dá pra encarar o friozinho que está cada ano mais tímido. Agora, é fazer uma limpa no armário pra substituir as roupas pula-brejo pelas novas.

Quando entramos na sala, lembramos de minha mãe e deu tantas saudades. Se ela estivesse aqui, ia ver as roupas novas do Ní e dizer que são lindas. E a gente ia abrir a porta preocupados porque nos demoramos muito. E ela ia dizer que não demoramos, não. Que ela ficou bem.

Ela gostava de bolinhos de bacalhau. No caminho da fisioterapia, um dia, ela viu um restaurante que anunciava os tais bolinhos. Pronto. Toda semana ela pedia. Era muito bom. Uma porção tinha 12 bolinhos. Eu e o Ní íamos à noite comprar. O cara fritava na hora e eu os trazia quentinhos. Era muito bom.

De vez em quando ela pedia pastel. De palmito e de queijo. Eu ia buscar na rua Sergipe, na melhor vitamina de Londrina. Preciso voltar lá.

Quando eu brigava com o Nícolas, briguinha de mãe e filho, ela ficava brava comigo. Queria protegê-lo. "Não fale assim com ele", dizia. Uma vez eu falei: "Ah, mãe, não interfira". E o Nícolas: "É, vó, deixa a gente brigar em paz!"

Saudades de todos esses momentos. Ainda bem que existiram esses momentos. E essas lembranças agora ajudam a suportar as saudades. Esse post ficou assim meio sem pé nem cabeça. É só um aquecimento. Vou resgatar as idéias antigas porque acho que eram boas idéias e vou escrever com mais assiduidade.


5 comentários:

Anônimo disse...

saudades sempre....mas mais saudade ainda deu ontem, quando eu precisava que ela dissesse que as pessoas são boas, que devemos perdoá-las sempre...bom, pelo menos eu aprendi isso...só preciso às vezes de um empurrãozinho...
beijos

carina paccola disse...

é verdade, shamba. a donita olhava para as pessoas com os olhos da generosidade, por isso ela via o que de bom há em cada um.
beijos

Cristiana Soares disse...

Que lindo, Carina! E sensacional a resposta do Ni! Fiel até na briga! Maravilhoso!

Anônimo disse...

CARINA, CARINA, CARINA, você sabe que a mãe não gosta de omissões, faltou falar do caldo de cana. Beijos, seu fã, Guilherme.

carina paccola disse...

É mesmo, Gui, esqueci do caldo de cana. Sabe que vc me deu uma idéia pra escrever mais um post...
beijos