
Eu não preciso ler os termômetros espalhados pelas ruas nem acompanhar as matérias sobre a meteorologia para saber que o frio chegou.
O meu nariz se encarrega de me avisar que está inspirando ar gelado ao devolver coriza e espirros.
O meu nariz se encarrega de me avisar que está inspirando ar gelado ao devolver coriza e espirros.
O meu estoque de lenço de papel baixa rapidamente de uma hora para outra.
O antialérgico passa a ser item permanente dentro da bolsa.
A hora de levantar é um suplício. E a de deitar também.
Só me convenço de que tomar banho ainda é indispensável quando a água escorre quentinha sobre mim.
Fico prorrogando as idas aos banheiros porque elas significam tomar um ventinho frio no traseiro e ter que molhar minhas mãos.
Fico adiando qualquer atividade que envolva água, como lavar louça e até mesmo matar a sede.
O xampu fica mais espesso e demora a chegar às minhas mãos.
Eu me torno ainda mais caseira e não me animo a sair mesmo diante de programações culturais legais.
Tenho que movimentar meus pés várias vezes ao dia para que eles não endureçam.
Passo a comer mais rápido porque há uma queda significativa na temperatura da comida entre a primeira e a última garfada.
As blusas e casacos tornam meus movimentos mais lentos.
Agradeço por não morar em Curitiba e em nenhum país de clima frio.
E me lembro de que quando está muito quente eu repito: entre os dois extremos, eu ainda prefiro o super calor.
Ou seja, frio eu só gosto de ver em fotografia. E, como um dia já foi suficiente para eu usar meu casaco novo, pode voltar o calor que eu já estou com muitas saudades.