sexta-feira, setembro 24

A galinha de estimação

Na minha adolescência, havia uma galinha de estimação em casa. Não lembro bem como ela chegou. Era uma galinha pequenininha, de cor preta com um penachinho branco na cabeça. Era bem bonitinha. E era sozinha. Vivia pelo quintal, mas de manhã aparecia na porta da cozinha e falava “Cooooooo ca” meio baixinho. Então foi batizada de Coca.

Com a devida permissão da minha mãe, ela entrava na cozinha e caminhava pela casa. A minha mãe se afeiçoou a ela. E a Coca recebia um tratamento diferenciado. Minha mãe lhe dava banho de água quente e depois a secava com o secador de cabelos. Enrolada numa cobertinha, a Coca assistia TV no colo de minha mãe. E ainda havia os passeios de carro. Ela ia toda feliz...

Um tio meu, que é veterinário, quando tomou conhecimento da história, ficou indignado: Onde já se viu dar banho em galinha?

Quando meus pais resolveram se mudar, a Coca ficou com a vizinha. Com certeza, não recebeu o mesmo tratamento dispensado por minha mãe e morreu logo em seguida. Anos depois, já na faculdade, viajei para um evento em São José dos Campos. Ao ouvir meu sobrenome, um dos participantes veio me dizer que conhecia uns Paccola de Piraju e que já havia ido à minha casa. Eu tive a confirmação de que ele falava a verdade quando ele disse: A sua mãe tinha uma galinha...

Um comentário:

Anônimo disse...

Muuuto legallll rs