A história dos 33 mineiros chilenos que estão soterrados num espaço de 55 metros quadrados, desde o dia 5 de agosto, é uma das mais dramáticas que já ouvi. Eles ainda não sabem que a previsão de resgate é para o Natal quando será finalizado um túnel de 90 cm de diâmetro pelo qual serão içados. A mina é de ouro e cobre. Os trabalhadores estão recebendo alimentação e estão em contato com quem está na superfície, inclusive familiares, médicos, psicólogos. Disseram até que um especialista da Nasa se colocou à disposição porque eles têm experiência com confinamentos humanos.
Quando eu li a notícia, lembrei-me imediatamente dos 118 tripulantes do submarino russo Kursk que morreram após uma explosão no mar de Barents, em agosto de 2000. Da explosão, sobreviveram 23 homens que devem ter tido uma morte lenta e gradual nas 24 horas seguintes ou por afogamento ou por asfixia.
Entre os acidentes em minas da história, o máximo de tempo que ficaram até o resgate foi de 25 dias numa mina inundada na China. E eram três trabalhadores.
Eu desejo muito que todos sobrevivam!
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Um comentário:
Comentando com uma amiga esta notícia, ela falou que estou exagerando. Não que o caso não seja dramático, mas ela lembrou o sistema prisional brasileiro que proporciona confinamento pior. Ela tem razão. A gente acaba se acostumando com a situação como se fosse "normal" e deixa de pensar no assunto. E acho que o caso dos mineiros me deixa arrepiada porque está acontecendo agora. Geralmente, a gente recebe as notícias depois que o fato já aconteceu.
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