Os homens que não gostam muito de comer doces geralmente acabam fazendo uma exceção quando a sobremesa é pudim de leite condensado. Pelo menos é o que se nota nas mesas de sobremesa em restaurantes self-service. Essa minha teoria vale para os homens com mais de 40 anos. O cara quase nunca tem vontade de comer doce, mas quando vê o tal pudim, ele nem vacila. É nessa travessa que ele vai meter a colher (Já reparou que só a mãe da gente fala travessa?).
Falando em mãe, aí está a explicação por tal preferência. Os caras não resistem porque o pudim de leite Moça os remete à sobremesa preferida na infância, feita carinhosamente pelas mães aos domingos.
As mães também faziam doce de abóbora, arroz doce e outros doces caseiros, mas o pudim de leite condensado, não sei, justamente por ter como ingrediente principal um produto industrializado acaba funcionando como um marco que inaugura a era das sobremesas com produtos industrializados.
Por isso, os rapazes mais novos não têm essa quedinha por pudim de Leite Moça. O leite condensado já era carne de vaca quando eles eram crianças. Quase toda sobremesa hoje leva leite condensado. Eu, por exemplo, nunca fiz um pudim de Leite Moça e meu filho não vê a menor graça nesse doce.
A minha avó materna, que me presenteava todo aniversário com um vidro de doce de leite maravilhoso feito por ela, toda vez que se deparava com uma receita que levava leite condensado dizia: “Bem, com leite condensado todo doce fica bom...”. Ela dizia isso como se esse ingrediente desse um toque mágico a qualquer doce. Ou seja, nem precisava ser boa cozinheira para fazer um doce gostoso se na receita estava incluso o leite da latinha.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
13 comentários:
A sua avozinha estava certa! Não tem como errar usando leite condensado!
Pudim de leite é, sem dúvida, um confort food. Nem é o doce mais gostoso do mundo, mas tem gosto de infância, de segurança, de visita na casa daquela tia que já se foi. E sua teoria está corretíssima: O Renato é um formigão, e só ataca um pudim de leite se não houver outra opção!
Bjs!
Carina, confesso que gosto de doce, mas esse pudim de tanto comer na infância lá em Colorado... não posso nem ver hoje em dia. Com certeza as lembranças que ele traz são as do tempo de moleque. Muito bom o texto. Parabéns. Bjos.
Carina.
Eu gosto de pudim. E acho que tem a ver com a minha mãe. A tua hipótese é bem interessante. Você está me saindo uma perspicaz exploradora da alma masculina. Bah!
Beijo.
Aguinaldo, eu tento sempre desvendar o que se passa nesses cérebros e almas... Mas não é fácil. beijo
A minha mãe fazia pudim de pão! Era mais barato e era muito bom também!! :-)
É verdade! Tem o pudim de pão, que é receita que só mãe faz (as nossas mães; não a dos nossos filhos).
Carina...te desejo um 2009 cheio das pequenas e grandes maravilhas, (com muito pudim de Leite Moça, sempre!) Um beijo!!!
É, Carina! Um 2009 bem gostoso como um pudim de leite moça! Beijo!
Obrigada, Zé! Que seu 2009 também tenha muitos momentos doces e felizes. beijos
kkkkkk Carina, essa é a minha sobremesa favorita....
O seu texto me fez lembrar da minha infância e das vezes que chegava em casa completamente sujo das brincadeiras e tinha lá na geladeira aquele maravilha de doce que só a mamãe sabe fazer. hummmm
bjs
Wayner
Oi! Minha primeira vez aqui e me deparo com um texto saboroso sobre uma das minhas sobremesas favoritas. AMO! O da vovó, que a minha mãe nunca fez. E diz a vovó que é super fácil fazer. Mas como eu ainda não fui apresentada à cozinha, me contento com os pudins de leite Moça que encontro por aí.
Delicioso... só perde, no meu gosto, pro brigadeiro...
Bjo, feliz 2009
Oi, Wayner, então meu senso de observação funcionou mesmo neste caso! Boa sorte na nova vida pra vocês. bjs
Lile, seja bem-vinda. Fui lá conferir seu blog e gostei. Estou sem acesso à internet esses dias (agora estou rapidinho numa), e depois vou ver com mais calma. Gostei do que li rapidamente.
bjo e Feliz 2009 pra vc também!
Postar um comentário