terça-feira, setembro 9

O Sol de Londrina


Foto "Amanhecer em Londrina" do meu amigo Pedro Wagner

Quando vejo esse fogo que inunda o céu logo cedo me lembro do vermelho que incendeia a terra de Londrina.
Me pergunto se é o mesmo vermelho que tinge a terra e o céu.
Imagino os pioneiros, nos dias em que não aparecia a bola de fogo, a amarrarem correntes de ferro nas rodas dos carros para se movimentarem nas ruas enlameadas.
Logo que cheguei aqui, sandálias nos pés, as ruas já calçadas, eu me incomodava com aquele pó vermelho. Não queria essa terra a me fertilizar os pés.
Lembro que, toda vez que entrava em casa, ia correndo lavá-los.
Com o tempo, acostumei-me com essa vermelhidão.

Lembro que quando voltava à casa da minha mãe, mala cheia de roupa suja, ela dizia que estava tudo encardido. E havia ainda um estudante de medicina que, ao chegar em São Paulo para fazer residência, percebeu que as suas roupas não eram tão brancas como ele pensava...

Será o mesmo vermelho da terra e do Sol?

Eu ainda prefiro o Sol escaldante ao ar gelado. Muitas vezes, fugindo do frio, eu e Marília nos sentávamos sob o Sol e desfiávamos nossas lamentações, talvez querendo aquecer também nosso coração.

* * * * * * * * *
Ciúmes tardio

Sonhei outra noite com um ex-namorado. No sonho, ele também era meu ex-namorado. Do que eu me lembro, a conversa era sobre meus ciúmes. Aí eu lhe disse:
– Mas como é que eu poderia saber se quando você dizia Carina você estava dizendo mesmo Carina ou se dizia Karina...
E ele respondeu:
– É, aí fica realmente difícil te convencer...

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahaha! Você é ótima!!

carina paccola disse...

Ótima e ciumenta... (rs). bjs