Decidi que ia assistir a um filme em DVD no meio da tarde de domingo. Meu filho me olhou ansioso. Estava louco pra ver o jogo do Palmeiras na TV. E como eu estava brava, e cheia de razão, ele deve ter imaginado que o risco era grande de perder o futebol. Mas mesmo brava, eu posso ser generosa. Resolvi fazer uma arrumação de papéis que eu estava adiando havia tempo.
Separei, rasguei, guardei papéis. Arranjei espaço para livros na prateleira. Coloquei encartes de CD em seus lugares. Encaixotei recibos que me vão ser úteis para o Imposto de Renda. Mas por mais que eu organizasse e arrumasse, a sensação era de aquilo não teria fim. Trabalho de Sísifo.
E quanto mais eu arrumava, mais me angustiava. Isso é porque na verdade eu queria arrumar a bagunça interna. Essa é mais difícil. Por mais que eu me esforçasse em organizar meus pensamentos e sentimentos, eles não encontraram os seus lugares devidos. Continuam embaralhados. Há um emaranhado de desejos, fantasias e realidade.
Não adianta querer colocar o desejo dentro da realidade porque ele não encaixa. E fica lá no meio das idéias, que até querem se ordenar, mas se deparam com aquele entulho. Ele insiste em se impor, mesmo sabendo que no momento não há vagas, tenta se adequar, se moldar, mas no fundo sabe que é um desajustado.
segunda-feira, agosto 27
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Querendo colocar seu desarranjo interior à frente de um jogo do Palmeiras... Que absurdo! Humpf!
Ha-ha-ha-ha. Pelo menos o Parmera ganhou, né? Mas eu passei longe da TV.
FABULOSO!
Postar um comentário